Medindo o tempo

          Atualmente os processos pelos quais se realizam medidas são bastantes complexos, mas antigamente ele ocorria de forma bem mais simples e intuitiva.








      Encontramos na Astronomia as mais antigas e profundas relações do conceito de medida com o homem. O Homo Sapiens, não dispondo de calendários nem mapas, reconhecia a importância do conhecimento das estações do ano e do sentido de orientação.
     Não é difícil perceber que as estações do ano permitiriam identificar a época de colheita e a posição das estrelas, auxiliariam nas suas deslocações durante a noite. O Sol, a Lua e as estrelas não eram apenas referência, mas seriam os seus primeiros relógios e as ferramentas para construir possíveis calendários.
      A periodicidade dos fenômenos naturais, a sucessão de dias e noites; as fases da lua, as estações do ano, foram – e ainda são – as referências para estabelecermos medidas de tempo.
      O período de rotação da Terra determina uma das unidades básicas de medida de tempo: o dia. As horas, minutos e segundos são submúltiplos dessa unidade básica, sendo semanas e meses são múltiplos do dia. Já o ano é uma unidade de medida que tem relação com o período de translação da Terra ao redor do Sol. Para um observador que esteja na Terra, ela leva 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos para dar uma volta completa em torno do Sol. Esse período é chamado de ano terrestre.
      Estes eventos cíclicos  permitem conceber o tempo como freqüência. Nesse caso, o que se “mede” é a taxa com que os eventos se repetem. Em outras palavras: não medimos o tempo, mas a “duração dos eventos” ou “a freqüência com que acontecem esses eventos”.